Autor: Wênia Bandeira2013-05-30

Belo goleia, acaba com jejum e faz a festa em casa adversária

Uma missão difícil, mas não impossível. Foi com este pensamento que o Botafogo foi, nesta quinta-feira (30), a Campina Grande e na casa adversária fez mais do que precisava e realizou o sonho de sua torcida que há muito esperava.

Foi com goleada que o Belo levantou a taça para, após nove anos, soltar novamente o grito de Campeão. Era preciso uma vitória por dois gols de diferença, mas o resultado foi 3 a 0, com o Estádio Ernani Sátiro, O Amigão, lotado de expectadores que torciam contra.

O alvinegro da estrela vermelha calou os trezeanos e acabou com a festa de quem tinha a vantagem. A equipe se apossou do gramado do Amigão, ergueu o troféu e comemorou junto com a torcida botafoguense que se fez presente para apoiar o time.



Mas não foi simples. Foi preciso esperar até os 22 minutos para começar a acreditar que seria possível. Ferreira cobrou escanteio, Thiaguinho recebeu, deu um toque e Wanderley completou para o fundo das redes, abrindo o placar.

A torcida da equipe de Campina Grande cantava vitória, quando o silêncio se fez e era a minoria que comemorava. E foi apenas quatro minutos depois para a possibilidade de tornar realidade. Hércules recebeu cruzamento e de voleio com a perna esquerda fez um golaço que ampliou o marcador e deu o resultado que era necessário.

Mesmo já tendo o placar que precisava, os guerreiros do Belo não se satisfizeram. O ataque continuava funcionando enquanto a zaga fechava a defesa e impedia os avanços do Treze que corria atrás do prejuízo.



Já nos acréscimos, aos 47 minutos, Thiaguinho tocou para Edgard que dentro da grande área foi derrubado pelo goleiro Beto. Ferreira foi para a cobrança do pênalti e mandou no canto direito, transformando em goleada: 3 a 0.

Com a bola no centro do gramado, bastou o primeiro toque na volta ao jogo para a arbitragem apitar o fim da partida e o gramado ser invadido por toda a equipe Campeã Paraibana. Logo depois, as medalhas e a taça foram entregues.

Ficha Técnica
Treze: Beto, David Modesto, Negretti, Sandoval (Birungueta) e Ramon Zanardi; Charles Vágner, Sapé, Evandro Russo e Daniel Costa; Kauê (Ênio) e Tiago Chulapa (Tiago Sousa). Técnico: Vica.

Botafogo: Genivaldo, Ferreira, Thuram, André Lima e Celico; Zaquel, Hércules, Fábio Neves (Thiaguinho) e Doda; Warley (Edgard) e Wanderley (Izaías). Técnico: Marcelo Vilar.

Cartões amarelos: David Modesto (T) e Daniel Costa (T); Genivaldo, Zaquel, Doda e Warley (B).

Arbitragem: Wilton Pereira Sampaio (GO), Alessandro Mattos (BA) e Émerson Carvalho (SP).

Público Pagante: 16.649

Público Não-Pagante: 1.649

Renda: R$ 74.555

Elenco do Náutico tenta amenizar críticas de dirigente após nova derrota

Coordenador do colegiado, André Campos, disse estar arrependido de voltar ao clube após ver o time ser batido por 3 a 0 pelo Vitória, nos Aflitos

Por Lucas Liausu Recife

Depois de um Campeonato Pernambucano muito abaixo do esperado, o presidente do Náutico, Paulo Wanderley, recorreu a alguns alvirrubros históricos para tentar ajudar o futebol do clube no Brasileirão. Ex-presidentes como André Campos e Ricardo Valois voltaram para formar um colegiado de 17 alvirrubros, mas parece que já estão arrependidos após a segunda derrota e a lanterna da competição.
Tanto que o coordenador do grupo, André Campos, usou as redes sociais para criticar o elenco alvirrubro e deixou claro que está ‘arrependido’ de ter aceitado o desafio.

Elenco tenta amenizar críticas de André Campos após nova derrota (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)

- Profundamente arrependido de ter voltado para o futebol do Náutico. Elenco fraco, clube politicamente dividido e agressividade de uma minoria, comentou.
Nesta quinta-feira, os jogadores se reapresentaram para iniciar os trabalhos visando o jogo contra a Portuguesa e evitaram comentar as declarações do dirigente.

Coordenador do colegiado,André Campos, dispara
críticas pela internet  (Foto: Repordução)

- Essa fase se fala muita coisa e eu acho que tem que falar menos e trabalhar mais. Não adianta eu chegar aqui e falar o que eu acho. Temos que ter cuidado com o que a gente fala, pontuou o goleiro Felipe, que tem sido um dos jogadores mais criticados pela torcida alvirrubra.
Outro jogador que se esquivou das declarações de André Campos foi o zagueiro João Filipe, que foi um dos poucos jogadores contratados pelo colegiado até então.
- Eu não vi essa declaração. Estou sabendo agora. Não está na hora de colocar um ponto de interrogação no nosso time.

Com melhor ataque e 100%, Figueira pega instável Sport em Florianópolis

Líder da Série B ao lado do Palmeiras, catarinenses têm Rafael Costa como trunfo. Pernambucanos ainda buscam sua melhor performance no torneio

Por GLOBOESPORTE.COM Florianópolis

Tido como o grande favorito para subir sendo campeão da Série B, o Palmeiras, como se esperava, largou bem na competição, ao vencer seus dois primeiros jogos. No entanto, a equipe paulista tem um acompanhante, também com 100% de aproveitamento. Embalado e jogando diante da torcida, o Figueirense quer mostrar que os seis pontos em dois jogos não foram à toa. Em caminho inverso está o Sport, do técnico Marcelo Martelotte, que ainda busca ajustar a equipe. As duas equipes se enfrentam sexta-feira, às 21h50m, no Orlando Scarpelli, pela terceira rodada da competição.

Se no Figueirense a presença de Rafael Costa, um dos artilheiros da Série B, com três gols, é mais do que certa, o mesmo não se pode falar do meio campo. Com várias opções à disposição, Adilson Batista pode jogar o lateral-esquerdo Wellington Saci para o setor. Com isso, Gérson Magrão seria o lateral. Ou vice-versa, caso queira um time mais ofensivo, com um criador de jogadas. Na frente, Ricardinho, um dos destaques do time, é outro nome certo.

Aliviado após a primeira vitória na Série B, o técnico Marcelo Martelotte espera ver um Sport mais organizado para o duelo contra o Figueirense. Para isso, o treinador intensificou os trabalhos de posicionamento da equipe durante os dias que antecederam o duelo. Mesmo acreditando que o time ainda não atingiu o desempenho ideal, o comandante leonino mostrou-se otimista para o duelo.
A partida será comandada por um trio de arbitragem do Paraná, liderado por Leandro Júnior Hermes, auxiliado por Ivan Carlos Bohn e Diego Grubba Schitkovski. O canal SporTV transmite a partida ao vivo, às 21h50m, para todo o Brasil, menos para Santa Catarina. O jogo também será acompanhado pelo GLOBOESPORTE.COM, em Tempo Real, com todos os lances.


Figueirense: com uma base titular montada, o técnico Adilson Batista deve mexer o mínimo possível na estrutura do time. Assim, o Figueira deve entrar em campo com: Ricardo, André Rocha, Douglas Silva, Thiego e Wellington Saci (Gérson Magrão); Willian Magrão, Maylson, Tinga e Gérson Magrão (Wellington Saci); Ricardinho e Rafael Costa.
Sport: mesmo contando com a volta de Maurício, que cumpriu suspensão automática contra o ABC, o técnico Marcelo Martelotte preferiu não mudar o time para a partida desta sexta-feira. A única alteração será a entrada do lateral-esquerdo Marcelo Cordeiro, que volta ao time após a saída de Reinaldo, que deixou o clube para acertar com o São Paulo. Com isso, o Sport vai para o jogo com Magrão, Welton, Gabriel, Tobi e Marcelo Cordeiro; Renan Teixeira e Rithely; Lucas Lima, Marcos Aurélio e Felipe Azevedo; Nunes.

Figueirense: apenas o atacante Marcelo Toscano, com uma lesão muscular na coxa direita.
Sport: o técnico Marcelo Martelotte contará com a presença de todo o elenco. Até mesmo Anderson Pedra e Camilo, recém-contratados, já estão regularizados e fazem parte da delegação.

Santa vence o Nacional-POR por 2 a 0 na estreia do técnico Sandro Barbosa

Raul e André Dias garante resultado ainda no primeiro tempo, quando a equipe atuou com os titulares no amistoso realizado em Maceió

Por Lula Moraes Maceió

O amistoso internacional entre Santa Cruz e Nacional-POR, nesta quinta-feira, foi um jogo para os tricolores mostrarem serviço para o novo treinador, Sandro Barbosa, na sua primeira partida à frente da equipe. E, ao que parece, o time titular que participou dos primeiros 45 minutos parece ter agradado ao construir a vitória por 2 a 0, no estádio Nelson Feijó, em Maceió.
O meia Raul e o atacante André Dias marcaram os gols da vitória coral. A partida foi decidida no primeiro tempo, quando o Tricolor conseguiu ser bem superior ao adversário, mesmo com algumas peças chaves no departamento médico, como o atacante Dênis Marques e os meias Natan e Renatinho. No segundo tempo, o treinador mudou praticamente toda a equipe para fazer observações de olho no início da Série C do Brasileiro.
A estreia na competição nacional será às 18h30 deste domingo contra o Luverdense, no Arruda. Já o Nacional retorna para casa após ganhar (CRB), empatar (Corinthians-AL) e perder (Santa Cruz) na sua turnê em terras alagoanas.

Raul abriu o placar contra o Nacional ainda no primeiro tempo (Foto: Lula Moraes)

Raul e André Dias marcam no primeiro tempo
O motivo inicial do amistoso foi "esquecido" e a entrega de faixas não aconteceu no Nelson Feijó, porque o clube não confeccionou as peças. Detalhe que passou despercebido por cerca de 200 torcedores que foram ao estádio acompanhar o time. Quando a bola rolou, o time português também deixou de lado o clima festivo e partiu para a cima, obrigando o goleiro Tiago Cardoso a trabalhar redobrado. Até os 12 minutos, foram duas defesas importantes em chutes de Mateus e Bruno Moreira.
A equipe tricolor só despertou aos 30 minutos, quando André Dias mandou uma bola na trave direita do goleiro Gottardi. A partir daí, o Santa tomou conta do jogo e no minuto seguinte chegou ao primeiro gol com Raul aproveitando um bate rebate na área. Aos 35 minutos, o estreante Júnior Xuxa deu um ótimo passe entre a defesa para André Dias ampliar.
Segundo tempo para testes e 'sem futebol'
Usando a partida com caráter de experiência, o técnico Sandro Barbosa voltou para o segundo tempo mantendo apenas Nininho no time. Sem atletas suficientes para fazer todas as mudanças, o treinador usou três atletas cedidos pelo Corinthians-AL. Formado por reservas, o Santa Cruz da etapa complementar foi mais força. Sem a mesmo entrosamento e qualidade técnica dos titulares, a partida caiu de qualidade.
O Nacional usou o mesmo artifício e também passou por dificuldade semelhante. Mesmo assim, os portugueses conseguiram ameaçar mais a defesa coral, em jogadas de contra-ataque e com chutes de longa distância. Mesmo assim, foram 45 minutos sem emoção, num festival de trombadas, carrinhos e vontade, mantendo o placar construído pelo time coral na etapa inicial: 2 a 0.

Botafogo-PB vence Treze por 3 a 0 e conquista o título após dez anos

Com gols de Wanderley, Hércules e Ferreira, Alvinegro de João Pessoa volta a ser campeão estadual, desta vez na casa do rival, no estádio Amigão

Por GLOBOESPORTE.COM Campina Grande  

Demorou dez anos. Foi sofrido. E ao longo de toda uma década o Botafogo-PB passou por todo tipo de dificuldades. Mas no início do ano, a diretoria prometeu: “o jejum acaba em 2013”. E para isto fez um grande investimento. Como tudo nesta última década, o título saiu, mas de forma sofrida. Muito sofrida. Mas também de forma épica. Na casa do adversário, após perder a primeira final por 1 a 0 e precisando vencer o Treze por dois gols de diferença para ser campeão. Poucos acreditavam. Mas o Botafogo conseguiu. E fez até mais. Venceu o Treze na tarde desta quinta-feira por 3 a 0, no estádio Amigão, em Campina Grande, e conquistou seu 26º título estadual de sua história.
Após um primeiro tempo sem gols e depois de levar pressão no início do segundo tempo, o Belo foi para cima. Tinha que ir se quisesse ser campeão. E conseguiu. Marcou dois gols, aos 22, com Wanderley e aos 26, nos pés de Hérculoes, e mesmo com o resultado que lhe dava o título não recuou. Permaneceu jogando para frente e mesmo correndo riscos seguiu atacando. Já nos acréscimos, liquidou a tarefa. De pênalti, com Ferreira, fez 3 a 0 e sacramentou a volta do clube ao rol dos campeões paraibanos.

Dez anos depois, o Botafogo levanta o troféu de campeão paraibano (Foto: Larissa Keren / Globoesporte.com/pb)

Equilíbrio no primeiro tempo
O jogo já começou equilibrado, mas com o Treze claramente na defensiva. Tal como no primeiro jogo, o Botafogo tinha mais posse de bola, tentava atacar, mas sem muita efetividade. Tinha dificuldade de superar a boa zaga trezeana e se aproveitava mais das bolas paradas, quando tinha faltas em seu favor.
O primeiro lance de perigo do clube pessoense saiu exatamente desta forma. Celico cobrou falta para dentro da área. A bola foi para Hércules, que cabeceou com perigo. A bola saiu por pouco e assustou a torcida galista que lotava o Estádio Amigão.
Um minuto depois, contudo, era o Treze quem respondia. Após reposição de bola rápida por parte de Beto, Daniel Costa recebeu a bola na área. Ele chutou para a perna direita e soltou uma bomba, obrigando Genivaldo a fazer uma difícil defesa. Era a primeira vez que o torcedor trezeano se incendiava nas arquibancadas.
Depois disto, o Belo chegou mais duas vezes. Novamente a partir de lances de bola parada. Na primeira, a bola passou raspando a trave. Em seguida, Beto defendeu em favor do Treze. O Botafogo seguia com mais posse de bola, mas o Treze, dono da melhor defesa da competição, ia com segurança mantendo o resultado que lhe favorecia.

Botafogo precisava vencer por dois gols de diferença, mas goleou o Treze no Amigão (Foto: Magnus Menezes / Jornal da Paraíba)

Três gols e festa do Belo na casa do rival
O Botafogo precisava fazer dois gols para ser campeão paraibano. Mas no início do jogo, quem procurava o gol era o Treze. Evandro Russo soltou uma bomba logo aos dois minutos e Daniel Costa no minuto seguinte chutou outra. O goleiro Genivaldo chegou a fazer duas belas defesas, e Sandoval levou perigo com uma cabeçada.
O Belo chegou pela primeira vez aos nove minutos de segundo tempo. Wanderley recebeu bola na área e deu de cabeça, mas Beto já tinha saído nela e acabou atrapalhando o atacante. A bola acabou indo para fora. Depois deste lance, o clube de João Pessoa aos poucos foi melhorando em campo.
Mas o tempo ia passando e a situação ficava cada vez mais difícil. Thuram recebeu cruzamento, cabeceu, mas Beto defendeu de novo. No lance seguinte, o técnico Vica tirou o atacante Kauê e colocou Ênio. Dava mostras claras de que o Treze iria se fechar.

Time de João Pessoa não se abateu com vantagem do Treze e fez um jogo foi duro e disputado (Foto: Magnus Menezes / Jornal da Paraíba)

Foi quando aconteceu o que poucos ainda acreditam. Dois gols relâmpagos em favor do Botafogo. Aos 22 minutos, Ferreira cobrou escanteio para Wanderley, que só deu um toquinho para gol. A bola passou pelas pernas de Beto e entrou. Mas ainda faltava mais um. Este saiu quatro minutos depois. Hércules recebeu cruzamento e de perna esquerda ampliou: 2 a 0.
Festa da minoria botafoguense no Estádio Amigão. No entanto, ainda restava a segunda metade da etapa complementar. O Treze inverteu a lógica, avançou sua equipe e passou a atacar. O Botafogo, contudo, não se intimidou e continuou atacando. Jogando de igual para igual, continuou de forma ofensiva mesmo já tendo o resultado ao seu favor.
A recompensa saiu já nos acréscimos, aos 47 minutos do segundo tempo. Thiaguinho avançou e tocou para Edgar, que foi derrubado por Beto dentro da área. Ferreira foi para a cobrança e colocou no canto direito de Beto. Mais um gol. Placar irreversível. E festa botafoguense em plena casa trezeana.

treze o x 3 botafogo

Beto, David Modesto, Negretti, Sandoval (Birungueta) e Ramon Zanardi; Charles Vágner, Sapé, Evandro Russo e Daniel Costa; Kauê (Ênio) e Tiago Chulapa (Tiago Sousa).	Genivaldo, Ferreira, Thuram, André Lima e Celico; Zaquel, Hércules, Fábio Neves (Thiaguinho) e Doda; Warley (Edgard) e Wanderley (Izaías).
Técnico: Vica.	Técnico: Marcelo Vilar.
Gols: Wanderley aos 22, Hércules aos 26 e Ferreira aos 48 minutos do 2º tempo.
Cartões amarelos: David Modesto e Daniel Costa (Treze); Genivaldo, Zaquel, Doda e Warley (Botafogo).
Local: Estádio Amigão, em Campina Grande-PB. Competição: Campeonato Paraibano 2013 (2º jogo da final). Arbitragem: Wilton Pereira Sampaio (GO), auxiliado por Alessandro Mattos (BA) e Émerson Carvalho (SP).